Pular para o conteúdo principal

Envelhecer


Lemos diariamente em jornais e revistas que para envelhecer bem, precisamos praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável e exercitar o cérebro. Confesso que tenho medo da velhice, ela me assusta, talvez porque tenha familiares que não envelheceram bem e precisam de ajuda. Mais do que o medo de envelhecer temo pela necessidade do outro, da precisão um ser para me ajudar no dia a dia.
Dói ver pessoas outrora alegres, bem dispostas, com energia, sentadas em frente a um monitor de Tv, com cobertor nas pernas, geralmente em cadeiras de rodas, necessitando chamar alguém para lhes dar água, comida ou mesmo cuidar de sua higiene pessoal. O amargor está nos olhos delas, a tristeza ali anunciando que a vida está próxima do fim, e até este chegar, terão que viver assim...

Pensamentos positivos, técnicas de EFT, orações, tudo é válido para tentar viver da melhor maneira possível, sem dependência, mas a parte física não perdoa. O tempo é inexorável, preenche todas as lacunas e todo o corpo com cicatrizes e rugas; o corpo precisa está bem e mesmo assim não é sinal de que terás uma velhice saudável.

Como envelhecer, então, não sei, mas digo com todas as letras, talvez o caminho certo seja ACEITAR, sim aceitar o momento e não lutar contra o processo natural.Veja o exemplo de Sir Charles Spencer Chaplin, o popular Carlitos, viveu do seu modo, teve suas conquistas, suas desavenças, seus amores, seus fracassos e seu sucesso, mas viveu, morreu em uma noite de Natal, dormindo, já bem idoso. Talvez ele tenha descoberto como envelhecer sem sofrer. Procuro este caminho.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...