BACANTE






Senhoria de infinitas sensações
sob olhares libidinosos
sua fruição oceânica toma ares
imperiosos.

Ao som do tamborilar, nas mãos do
fauno, que ocres visões aliciam
Caem mundos em perdição
Realizam-se fantasias a exaustão
Atiça! Hominiza! Gratifica!

Por entre cântaros esparramados
Vertendo um tênue aroma adocicado
Ouve -se a heresia do seu dialeto
ao despir-se do linho cru, quando
mescla sua nudez ao âmbar
que incendeia todo aposento.

Durante a madrugada que vai
maculando a manhã virginal
Solfejam notas destoantes,
de seus apelos galopantes,
num mar de delírios, abissal.

Em pulsões lacerantes esguia-se pela lassidão
És deusa absoluta, dona dos prazeres.

Dissoluta.

Jorra vinho!
Jorra Vida!







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